
A turma do 3.º ano do Curso de Ciências da Comunicação da Universidade Autónoma visitou a Lusa, mostrando muito interesse em todo os aspetos relacionados com a ligação entre os jornalistas e os assessores.
A razão era simples: A visita era feita no âmbito da cadeira de assessoria de imprensa.
Este é um tema muito importante e sensível, porque essa relação jornalista/assessor nem sempre é pacífica.
Fundamental é mesmo que cada um compreenda o seu papel, mas também o papel do outro.
Muitas vezes os jornalistas veem o assessor como alguém que lhe quer impingir 'banha da cobra'. O assessor, também, por vezes, pensa que o jornalista deve receber a informação sem espírito crítico. Mostrando alguma arrogância e falta de compreensão do que é o jornalismo.
Quando isto acontece, a relação torna-se difícil.
Para essa relação funcionar, ambos têm de ter consciência que nem sempre os interesses são comuns.
Nem sempre o que o assessor quer disponibilizar ao jornalista é notícia. Ou, pelo menos, para aquele jornalista não é.
E noutros momentos, nem sempre o assessor está autorizado a dar a informação que o jornalista precisa para a notícia.
Há que compreender e aceitar que nem sempre o interesse é comum.
Ora, esta relação só funciona quando um e outro se colocam numa posição de respeito e abertura.
Nem sempre os jornalistas acolhem bem as sugestões dos assessores e são muitos os casos em que os jornalistas precisam de informação oficial, mas os assessores não a disponibilizam.
Os jornalistas Paulo Nogueira e João Pedro Fonseca aproveitaram as perguntas dos alunos para dar conta dessa convivência quase sempre difícil.
Claro que o momento foi aproveitado também para conhecerem o jornalismo de agência, a importância do serviço público e conhecerem melhor a complexidade de uma agência de notícias global, como a Lusa.
A sessão foi realizada a pedido da professora Andreia Garcia, da Autónoma.
João Pedro Fonseca
Escola Lusa